O Brasil tem dificuldade para exportar seus produtos, na medida em que países desenvolvidos colocam barreiras tarifárias, sanitárias e ambientais para a importação de produtos. Isso ocorre com o abacaxi, produto agrícola que o país é o maior exportador mundial.
Dessa forma, os agricultores brasileiros que produzem para o mercado externo devem estar sempre atentos à normas de exportação vindas de países desenvolvidos. Evita-se, com isso, o embargo desses países a seus produtos.
Por isso, produtores brasileiros vêm investindo nas tecnologias mais avançadas. Isso visa fornecer ao consumidor estrangeiro uma fruta da mais alta qualidade em detrimento do produto a ser colocado no mercado interno.
Houve também uma modernização no sistema de refrigeração dos conteiners que transportam essa fruta por meio dos navios. Com isso, os produtos agrícolas chegam ao destino final em perfeitas condições.
No entanto, países da Europa e América do Norte que importam frutas vêm buscando criar mecanismos para tentar barrar os produtos brasileiros. Essas barreiras vêm transvestidas de bandeiras como a do ambientalismo. Um exemplo é a União Européia, ao utilizar cerca de 16,7 mil barreiras não-tarifárias, dentre as quais 648 são de natureza ambiental. Além disso, existe a política de subsídios aos produtos destes países, que consiste no custeio da produção agrícola por parte dos governos locais. Há também uma maior tarifação aos produtos de origem estrangeira com o implemento de barreiras sanitárias que dificultam o acesso aos mercados externos pelos produtos brasileiros. O objetivo dessas medidas é encarecer a produção externa e favorecer os agricultores locais ou os do mesmo bloco econômico.
Por isso, é preciso que os produtores brasileiros lutem para que o Governo Federal pressione esses países a reverem as políticas de importação através do princípio da reciprocidade tão comum no âmbito das Relações Internacionais.
João Victor Belém Falcão Rabelo
