terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Estudantes criticam reajuste de políticos

Apenas a vereadora Toinha Rocha (PSOL) votou contrário à aprovação







O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) protocolou na tarde de ontem, na Procuradoria Geral de Justiça do Estado (PGE-CE), uma representação contra a Câmara Municipal de Fortaleza, por conta do reajuste do subsídio dos vereadores aprovado na última quinta-feira, 23. Na ocasião, apenas a vereadora Toinha Rocha (PSOL) votou contrário à aprovação. A representação foi protocolada pelo presidente do partido, Moésio Mota.

No ato, o partido aponta falhas no processo legislativo. Isso porque, segundo a Lei Orgânica do Munícipio (LOM), o aumento deveria ser concedido por meio de um “projeto de lei”, e não por “projeto de resolução” como foi aprovado. Além disso, o reajuste tem como referência os subsídios dos deputados estaduais. Contudo, segundo o PSOL, o aumento aprovado pela Assembleia Legislativa ainda não havia sido publicado no Diário Oficial, o que, para o partido, prova que faltou lógica e razoabilidade na medida, já que não havia aumento dos deputados, que servisse de base.

“Achamos abusivo devido à velocidade com que eles aprovaram os próprios reajustes. Isso é uma briga que já vem em nível nacional. Agora, houve um erro no processo legislativo”, alegou Moésio. No pedido feito pelo PSOL, o foco é averiguar se houve erro formal no processo legislativo. O partido solicitou também que a Procuradoria adote as medidas necessárias para impedir a efetivação do aumento.

Para Toinha Rocha, a situação é ilegal, e ela optou por seguir a orientação nacional. “Não podemos concordar que os trabalhadores tenham um aumento de 5% a 6%, enquanto um parlamentar iluminado conceda seu próprio aumento em torno de 70%”, criticou a parlamentar durante manifestação contra o aumento dos parlamentares, na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza.

Protestos
Ontem, inúmeras Capitais realizaram manifestações de protesto contra o aumento dos parlamentares. Em Brasília, um grupo de estudantes ocupou a rampa do Palácio do Planalto para protestar contra o aumento salarial de 62% concedido pelos parlamentares a quase duas semanas. A Polícia Militar do Distrito Federal foi chamada às pressas ao local para negociar a retirada dos manifestantes. Após um pequeno tumulto, os estudantes deixaram o local no começo da tarde. Por se tratar de projeto de decreto legislativo, não há qualquer possibilidade de o presidente vetar o aumento, já que o texto não passa por sanção presidencial antes de virar lei. Na capital cearense, estudantes se aglomeraram na Praça do Ferreira. Segundo a estudante universitária Raquel Cardoso, “eles [parlamentares] têm dinheiro para luxo, mas não têm recursos para investir em saúde e educação”. A reportagem do jornal O Estado tentou contato com o presidente da Câmara, vereador Salmito Filho (PT). No entanto, até o fechamento desta edição, não obtivemos retorno.

Fonte: O Estado do Ceará

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como criar um partido político

Partido Político

Nada escapa da baleia da burrocracia da máquina Brasil. Abrir um partido parece tão fácil, mas um

político é tão complicado. E por que não estou surpreso? Porque não deveria mesmo. Contudo, vamos analisar o processo:

1.aquisição da personalidade jurídica do partido, que é feita através do registro do estatuto no Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital do Distrito Federal. O requerimento deve ser subscrito pelos seus fundadores, cujo número não poderá ser inferior a 101 eleitores, com domicílio eleitoral em no mínimo um terço dos estados;

Personalidade, é claro. 101 eleitores num terço de estados é muito fácil. Estamos na internet e corre a lenda alguns sites acessados até por pessoas localizadas no imaginário estado do Acre. Globalização manda.

2.buscar o apoiamento de eleitores correspondente a pelo menos:

a) ½ (meio por cento) dos votos dados na última eleição geral a Câmara dos Deputados, não computados brancos e nulos. Hoje seriam aproximadamente 228.000 assinaturas;

b) distribuídos por 1/3 (um terço) ou mais, dos estados; equivale a 9 estados;

c) com um mínimo de 1/10% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles. Hoje seriam aproximadamente 4.700 assinaturas, no estado do Paraná.

A parte difícil é conseguir a quantia de assinaturas por estado. Mas nada que alguma algazarra a favor da informática em cursos de Computação não resolva.

3.O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil e se organizar em cada estado, deverá registrar seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

É só após o registro definitivo do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral que o partido político adquire o direito de credenciar delegados que representem o partido; de receber recursos do fundo partidário; de participar do processo eleitoral; de ter acesso gratuito ao rádio e televisão nos casos previstos nas leis; e ainda de ter direito exclusivo ao uso de seu nome, sigla e símbolos.


FONTE: http://novo-mundo.org/geral/como-criar-um-partido-politico.html

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Congressistas brasileiros ganharão 8% mais que americanos e 84% mais que britânicos

Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 17/12/2010 16:53


Congressistas brasileiros ganharão 8% mais que americanos e 84% mais que britânicos

BBC Brasil

"Congresso Nacional"

Congressistas aprovaram aumento de salário na quarta-feira
O aumento aprovado pelos congressistas brasileiros aos seus próprios salários, na quarta-feira, deixa os vencimentos básicos de deputados e senadores do país 8% maiores do que os dos congressistas americanos e 84% maior do que os dos britânicos, segundo um levantamento feito pela BBC Brasil.
A decisão aprovada no Congresso brasileiro elevou os salários dos deputados e senadores em 62%, de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil, a partir de fevereiro de 2011. Os salários do presidente, do vice e dos ministros também serão elevados.
Segundo dados do Parlamento britânico, cada um dos 650 deputados da Câmara dos Comuns recebe um salário básico equivalente a 5.478 libras por mês (cerca de R$ 14.541).
Nos Estados Unidos, deputados e senadores recebem um salário básico equivalente a US$ 14.500 por mês (cerca de R$ 24.700).
Os salários dos congressistas brasileiros também ficarão quase seis vezes mais altos do que os de seus pares argentinos. Os deputados do país vizinho ganham um salário básico mensal de 10.600 pesos (cerca de R$ 4.540), enquanto os senadores recebem cerca de 16 mil pesos mensais (R$ 6.850).
Comparações
Um levantamento comparativo preparado pelo Parlamento britânico em 2007 mostra os vencimentos dos congressistas de países como Austrália, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Espanha e Suécia.
Segundo o levantamento britânico, que incluiu também dados da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, em 2007 os deputados e senadores americanos eram os que tinham os maiores vencimentos entre esses países, seguidos pelos italianos, que tinham salários equivalentes a R$ 22.350 mensais.
Na outra ponta, a Espanha tinha os menores salários de parlamentares em 2007 - o equivalente a R$ 6.466 mensais, seguida de Suécia (R$ 9.469) e Noruega (R$ 9.649).
O aumento concedido pelos congressistas brasileiros aos seus próprios salários não supera, em termos proporcionais, a elevação aprovada em agosto para os vencimentos dos parlamentares indianos, de mais de 200%.
Ainda assim, a triplicação dos salários dos parlamentares indianos elevou-os para 50 mil rupias mensais, ou o equivalente a R$ 1,8 mil mensais.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=26800154

Para quem está indignado, eis o endereço do abaixo-assinado contra o aumento salarial exorbitante dos parlamentares:

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoAssinada.aspx?pi=P2010N4596

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Polícia Federal que ninguém vê

A PF que ninguém vê

Entre o discurso e a prática há uma Amazônia »



A cada dia se acentua a diferença entre o discurso e a prática da atual administração do Departamento de Polícia Federal. No discurso, a direção geral fala em um órgão moderno que valoriza os policiais. Na prática, temos, cada vez mais, concentração de poder nas mãos dos delegados e nenhuma valorização para os demais servidores. No discurso, a Amazônia é prioridade. Na prática, a falta de diárias, policiais e a estrutura precária minam o ânimo dos servidores e resultam no fechamento de bases na região.



A Federação Nacional dos Policiais Federais voltou à região Norte e lá permaneceu por uma semana acompanhando o dia a dia dos policiais que trabalham nas bases da Operação Roosevelt e nas delegacias de Rondônia. O que vimos deveria deixar o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa vermelho de vergonha.



Sete bases são utilizadas pelos policiais federais que trabalham na Operação Roosevelt na terra indígena Cinta Larga no Amazonas. Dois policiais federais e três policiais da Força Nacional, vindos da região norte e nordeste, se revezam nos postos para fiscalizar a entrada de veículos e pessoas na reversa indígena. Para quem não lembra, a área dos Cinta Larga é rica em minérios e principalmente diamantes.

Base Operção Roosevelt Trabalho conjunto Portal da Amazônia


Em 2004 quase 30 garimpeiros foram mortos na reserva pelos índios no episódio que ficou conhecido como o massacre dos garimpeiros.


As bases Diamante, Sussuarana, Jaguatirica, Bradesco, 14 de Abril e Juína ficam em áreas isoladas. A base Portal da Amazônia está às margens de uma rodovia federal. Nas seis unidades mais distantes, a precariedade começa pelas instalações. A Maioria é coberta com telhas de zinco o que deixa o calor insuportável. Além disso, a luz elétrica é fornecida por geradores. A cada 10 dias os policiais têm 250 litros de óleo usar no gerador, por isso os aparelhos só são ligados a noite. Durante o dia não tem luz.


Um memorando do delegado Mauro Sposito, responsável pelas operações da PF na fronteira norte, prepara o espírito do policial que chega na Roosevelt. Segundo o delegado, ao ser designado para a operação Roosevelt, o policial tem seu perfíl avaliado pela administração que o considerou apto a trabalhar em regiões inóspitas. “A avaliação realizada em cada policial que participa desta, e de outras operações, merece que parabenizemos o diretor geral e sua turma”, ironiza o diretor de Relações do Trabalho, Francisco Carlos Sabino.

Sussuarana: Alojamento precário Base Sussuarana
Alojamento Base Jaguatirica Base Jaguatirica

O fato é que em serviço na operação os policiais ficam jogados a própria sorte sem qualquer apoio e isolados numa área onde nem gente passa. Não bastasse isso os federais estão em risco.


Em junho de 2009 uma carta dos Cinta Larga, distribuída a todos os órgãos federais da região, pedia a saída da Polícia Federal da área indígena. No mesmo documento, os índios pedem que os recursos usados na operação sejam destinados à Funai. A carta é finalizada dizendo que caso a PF não saia da região as bases serão invadidas pelos índios.


Passados 3 meses o DPF não fez nada e os policiais seguem correndo risco de vida. “Caso alguma coisa aconteça aos nossos colegas iremos responsabilizar o diretor-geral”, diz Sabino.


EFETIVO – A falta de efetivo tanto no âmbito da Operação Roosevelt, quando nas demais bases da Amazônia é só mais um problema enfrentado pela PF. Na Base Portal da Amazônia, por exemplo, o diretor-geral prometeu há 9 meses, que 10 policiais viriam de fora para reforçar o trabalho, até o momento apenas cinco foram designados para a área. Os outros são da delegacia de Vilhena.

Pimentiras do Oeste Local para placa está pronto Policiais em Pimenteiras com o presidente do SINPE/RO,Edmilson Ferreira dos Santos
Advertência indígena Portal da Amazônia


Segundo a PF, não há recursos para o pagamento das diárias. Com isso, Vilhena acaba cedendo policiais para a operação e outras bases da região, sobrecarregando o trabalho da delegacia.


Na base Portal da Amazônia, os policiais atuam junto com a PRF e Ibama. Os caminhões com madeira são abordados as guias solicitadas. Os federais as lançam no sistema e o caminhoneiro segue viagem. “Pela falta de planejamento e efetivo os policiais ficam restritos à atividades como esta. As apreensões e prisões que ocorrem são fruto exclusivo do esforço de cada policial que lá está”, diz Sabino.


“Agente tem que dormir no chão”


Ji-Paraná em Rondônia possui uma delegacia, que se comparada com a média geral do DPF, pode ser classificada como modelo. No prédio da DPF, um alojamento que servia aos policiais foi transformado em gabinete para um dos delegados. Só que agora a autoridade (um DELEGADO-EX) não quer que seu cantinho volte a ser usado para repouso dos policiais. “Os agentes têm que dormir no chão, abraçados na metralhadora”, costuma dizer o doutor para quem quiser ouvir.



A delegacia de Guajará-Mirim, por sua vez, está esquecida pela administração. O principal símbolo dessa ineficiência administrativa e descaso com os policiais é um barco que está à disposição do DPF. Um policial federal foi deslocado ao exterior para fazer curso para pilotar a embarcação. Ele voltou só que a lancha está com motor quebrado há quase um ano. A desculpa: falta uma peça para fazer o conserto.


O que é mais estranho é que o atual superintendente da PF no estado faz visitas quinzenais à fronteira entre Brasil e Bolívia e sabe de tudo que acontece na delegacia. Há pouco tempo, os policiais solicitaram a transformação de uma garagem numa sala para o serviço de inteligência. A reforma custaria muito menos do que já foi investido para cobrir os corredores do edifício sede com porcelanato, mas até agora, nada.


Perto dali a Base de Costa Marques, na barranca do rio, foi fechada há cerca de 30 dias. A desculpa é a mesma: não há dinheiro para pagar as diárias e por isso os policiais foram retirados de lá.


O mais cômico é que está previsto para o dia 2 de outubro a inauguração de uma Base em Pimenteiras do Oeste. A casa já está pronta e o local para instalação da placa definido. “Isso por si só é uma prova da falta de planejamento dessa administração desastrosa, pois temos a certeza que daqui a três ou quatro meses a base será fechada”.

REMOÇÕES – Uma revolta que une os policiais em Rondônia, no Amazonas e em outros estados da região é a falta de política para remoções. Ou melhor, a falta de política de remoção para agentes, escrivães e papiloscopistas. Para a turma, Remoçõe$ a quaquer tempo.


A Federação Nacional dos Policiais Federais denunciou a manobra estampada na Instrução Normativa (IN) 004/2009-DG/DPF que suprimiu o inciso IV do parágrafo 4º de uma Instrução de 2006 que permitia a remoção por ofício dos policiais com cumprimento de efetivo exercício na mesma unidade de lotação de índice 3,0 ou 4,0 pelo prazo de 5 anos. O ato prejudicou os policiais lotados principalmente nas fronteiras do país.


Por outro lado, o mesmo diretor-geral realizou concurso de remoção dirigido, prioritariamente, aos cargos de delegado e perito criminal. “O DPF trocou uma regra clara, por outra com critérios vagos e subjetivos, que em tese ferem até mesmo um dos princípios norteadores da administração pública: a impessoalidade”.


O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcos Vinício Wink, conversou, na última semana, com o ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a situação dos policiais. “Estamos encaminhando, por solicitação do ministro, um documento com o resumo desta situação e esperamos, de uma vez por todas, corrigir esta injustiça”.

MAIS FOTOS

Academias improvisadas, Jaguatirica e.... ...Diamante
Base Diamante PF em Guajará-Mirim
Jí-Paraná Vilhena

Fonte: Agência Fenapef

"Pulseiras do Equílibrio", Power Balance, o que diz os pesquisadores

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Segundo seus vendedores, as “pulseiras do equilíbrio” funcionam porque “contêm embutidos dois hologramas quânticos de Mylar programados com frequências que interagem naturalmente com o campo eletromagnético do corpo humano”. Mas será que funcionam mesmo?

Um estudo com 79 voluntários na Faculdade de Ciências de Atividade Física da Universidade Politécnica de Madri, Espanha, demonstrou que as pulseiras Power Balance não têm qualquer efeito sobre nosso equilíbrio. Comandado por Jesús Javier Rojo, médico e professor, o estudo envolveu estudantes e duas provas de equilíbrio, com e sem a pulseira, que foram fornecidas pelas própria companhia que as vende.

Aqui está o detalhe importante: foi um estudo “duplo cego”, onde nem os estudantes nem os realizadores do experimento sabiam quais pulseiras continham os “hologramas quânticos” e quais os tinham removidos. Isso só seria descoberto depois. Os testes de equilíbrio foram de apoio monopodal e Romberg forçado, e “uma vez terminada a tomada de dados, realizou-se um estudo estatístico para ver se havia efeito em ostentar a pulseira com ou sem o holograma ou se o efeito, se existisse, seria placebo. Os resultados indicam que a pulseira não tem nenhum efeito”, conclui Rojo emdeclaração ao jornal El País.

Em quase todos os países onde está sendo vendida, cientistas e médicos opinam claramente como as pulseiras do equilíbrio – que são vendidas por outras marcas também, como “Biolectik” – não funcionam. Aí se incluem Portugal (vídeo) e Austrália (em inglês).

No Brasil, o quadro do Fantástico, “Detetive Virtual”, já expôs as pulseiras e explicou os “testes de equilíbrio” usados para vendê-las:


Como nota o físico Marco Moriconi, a forma como a força é aplicada na pessoa sendo testada – seja diretamente para baixo, ou de forma inclinada – pode responder por que algumas pessoascom e sem a pulseira conseguem se equilibrar ou não. Note que esses testes não são duplo cegos: tanto a pessoa quanto o “experimentador”, que na verdade é o vendedor, sabem quando a pulseira está ou não sendo usada.

Esse truque para “diagnosticar” e manipular resultados é em verdade anterior às pulseiras do equilíbrio, e vem sendo explorado por curandeiros na forma da “Kinesiologia Aplicada” (em inglês), uma espécie de “teste de músculos” sem fundamentos científicos criada em 1964, na qual o terapeuta pode obter qualquer tipo de diagnóstico que deseje e fazer com que o paciente acredite que foi realmente diagnosticado.

Para Marcos Duarte, professor de biodinâmica da Faculdade de Educação Física da USP, as explicações são "charlatanismo quântico".

"A ideia de que um holograma possa interagir com as frequências do corpo e trazer benefício ao equilíbrio é puramente falsa", diz.

Cláudio Furukawa, do Instituto de Física da USP, reforça: "Não há explicação cientifica para isso. Holograma não emite onda".

Como explicar o sucesso de pulseiras que não funcionam? Marketing e muito dinheiro. Diversas personalidades internacionais como Shaquille O’Neal, Cristiano Ronaldo e mesmo esportistas brasileiros como Rubens Barrichello usam e promovem a pulseira, provavelmente em contratos de publicidade.

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Enquanto são vendidas por mais de R$80 a consumidores incautos, o preço de revenda dessas pulseiras que são nada mais que plástico barato com pequenos adesivos holográficos chega a menos de R$2.

Será preciso comprar um pacote com 200 peças para obter estes preços de um fabricante na China, mas vendendo apenas cinco pulseiras que não funcionam ao preço do consumidor final, com a ajuda de “testes de equilíbrio” usando o truque da força aplicada obliquamente, o investidor já poderá recuperar seu dinheiro e passará a lucrar com as outras 195 pulseiras para vender. Se vender todas a R$80, será um lucro de 4.000% sobre o investimento inicial.

Como fonte de renda, as pulseiras parecem funcionar muito bem.

Atualização 29/08/2010: Na última sexta-feira (27) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária suspendeu a publicidade das pulseiras “bioquânticas”. As marcas Power Balance eLife Extreme estão sendo investigadas e deverão ser processadas por publicidade irregular, segundo Ana Paula Massera, gerente de fiscalização de propaganda da Anvisa, em declaração à agência Folha.

Confira a notícia: Anvisa veta publicidade de pulseira da moda, vendida com apelo de melhorar equilíbrio [via n-dimensional]

Fonte: http://www.ceticismoaberto.com/ceticismo/3697/pulseiras-do-equilbrio-power-balance-no-funcionam

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

“Sou Ari Pargendler, presidente do STJ. Você está demitido”

26 OUTUBRO, 2010 | COMUNICAÇÃO, NOTÍCIAS

Um estudante de administração prestou queixa anteontem contra o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ari Pargendler, dizendo ter sido vítima de agressão física e moral.

No boletim de ocorrência registrado na 5ª delegacia da Polícia Civil do DF, conforme revelou o Blog do Noblat, Marco Paulo dos Santos, 24, estagiário do tribunal até terça-feira, disse que foi demitido por Pargendler, sem justa causa, enquanto esperava na fila de uma agência do Banco do Brasil no STJ.

A assessoria do tribunal afirmou que Pargendler estava ontem em Porto Alegre e que falará com a imprensa na segunda-feira, porque ele não concede entrevistas por telefone. A Folha questionou o que motivou a demissão, mas o STJ não respondeu.

O delegado Laércio Rossetto enviou o caso para o Supremo Tribunal Federal, onde Pargendler tem prerrogativa de foro privilegiado.

À Folha Marco Paulo relatou o que disse ter vivenciado: “Eu fui ao banco depositar um cheque e me dirigi para um caixa vazio, mas fui abordado por um agente, explicando que apenas um caixa funcionava”, afirmou.

“O terminal estava ocupado por um senhor que até então eu não sabia quem era. Fiquei esperando na faixa que delimita a distância, pois ali é uma zona de passagem e não poderia ficar mais atrás.”

Ele afirmou que Pargendler teria olhado para ele e dito: “Quer sair daqui?”. O estudante disse que explicou, “com toda a educação”, que estava na faixa de espera.

“Em tom autoritário, ele mandou eu sair de onde eu estava, como eu não saí, ele se apresentou: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido. Isso aqui para você acabou”.”

Segundo o estudante, Pargendler puxou o crachá dele para saber seu nome e chegou a arrancá-lo de seu pescoço. “Como sou mais alto que ele, tive que me abaixar para isso”, disse.

Uma hora depois, de acordo com o ex-estagiário, chegou a carta com a sua demissão e um suposto aviso de que havia cometido uma “falta gravíssima de respeito”, mas que o ocorrido não seria registrado.

“Era só o que me faltava mesmo, ser demitido dessa forma e ainda sair do estágio com a ficha suja”.

Marco Paulo conta que se sentiu “agredido tanto fisicamente como moralmente”, e “humilhado” pela forma como foi demitido.

“Foi uma falta de respeito tremenda. Uma audácia. Ainda mais por ser o presidente de um tribunal superior, de quem se espera toda classe e elegância. Pelo contrário, ele dá o pior exemplo possível, usando sua autoridade em benefício próprio”, disse o estudante.

Ele indicou como testemunha a estudante de direito Fabiane Cadete, que teria presenciado a cena. AFolha ligou para o celular dela diversas vezes ontem. Ela não ligou de volta.

Marco Paulo mora em Valparaiso (GO) e cursa o 5º semestre do curso de administração em uma faculdade particular de Brasília. Ele ganhava cerca de R$ 750.

Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

César Asfor Rocha Não se Explica

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ministro Asfor Rocha, é candidatíssimo a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Não é segredo nem transita em julgado, o fato do presidente Lula fazer força e estar se movimentando muito para encravá-lo no mais alto tribunal do país.

Está encontrando dificuldades de todos os lados, incluindo as que surgem de denúncias não desmentidas, sequer refutadas e mais do que conhecidas em círculos políticos, jornalísticos e jurídicos. É o preenchimento de vaga capaz de revolucionar Brasília, e deixar Asfor Rocha em condições de PEDIR APOSENTADORIA.

Nenhum país nomearia Asfor Rocha para o Supremo, a não ser que desmentisse todas as acusações que foram feitas pelos repórteres Rodrigo Rangel e Otavio Cabral. Fizeram levantamento notável sobre a vida, o comportamento e o relacionamento do magistrado. O que visivelmente não o credencia para pertencer ao mais alto tribunal do país, que está presente em tudo, que decide, que cria precedentes, que na verdade não estão inscritos na sua própria concepção e convicção do dia-a-dia.

Vejamos o abecedário do Ministro Asfor Rocha, levantado, comentado e consolidado pelos repórteres Rodrigo Rangel e Otávio Cabral.

A – “Seu estilo de vida não combina com a austera liturgia imposta pela toga”.

B – “O próprio Asfor Rocha não esconde que no passado aceitou carona em jatos de empresários que considera seus amigos, mesmo tramitando na sua corte, OU DEPENDENDO DE SUA SENTENÇA, a sorte de PROCESSOS DE INTERESSES deles e de suas empresas”.

C – “Alexandre Grendene, grande empresário de calçados, já DISPONIBILIZOU seu jato para o Ministro”.

D – “O Ministro ia para fazer apostas em um cassino em Punta Del Este, no Uruguai”.

E – O Ministro disse aos repórteres, “nunca atuei em processos desse amigo”.

F – Os repórteres apuraram, e dizem: “Não é exatamente o que mostra o histórico disponível no sistema processual do STJ”.

G – “Entre o início de 2009 e a semana passada, Asfor Rocha decidiu em 9 processos a FAVOR da Grendene S/A, que tem seu amigo Alexandre entre os CONTROLADORES”.

H – “Asfor Rocha admite também, ter usado os serviços aéreos de Carlos Jereissati, um dos donos da OI”.

I – “Em 2007, o Ministro foi ao casamento do empresário, em Minas, no jatinho particular do noivo. No casamento do primogênito, Asfor Rocha convidou amigos, colegas do tribunal e parlamentares, ficaram todos no melhor hotel de Fortaleza,CORTESIA da construtora Marquise”.

J – (“Suspeita de irregularidade na reforma do estádio Castelão e suspeita de desviar dinheiro de contratos com o governo”).

K – “O filho do Ministro, aos 30 anos, é dono de um escritório com 9 filiais e atua em mais de 20 mil processos”.

L – “No Tribunal presidido pelo pai, o filho aparece como advogado em 2 mil 261 processos”. (Única interrupção para louvar o zelo e a capacidade de investigação dos repórteres Rodrigo Rangel e Otavio Cabral).

M – “Embora não falem abertamente, Ministros do Supremo consideram inadequada a presença de Asfor Rocha no STF”.

N – Em maio passado, Asfor Rocha concedeu LIMINAR TRANCANDO uma das maiores investigações já realizadas pela Polícia Federal”.

O – “A Operação Castelo de Areia, que mapeava os negócios da empreiteira Camargo Corrêa”.

P – “Por tabela, supostos pagamentos a políticos de diferentes grandezas e variados partidos”.

R – “Acolhendo o argumento da defesa, Asfor Rocha mandou S-U-S-T-A-R o inquérito e procedimentos dele originados”.

S – “Trinta frentes de investigação para APURAR DESVIO DE DINHEIRO E PAGAMENTO DE PROPINA, foram paralisadas em diversos Estados.

T – “A banca de advogados da Camargo Corrêa nesse processo, é comandada pelo ex-Ministro Marcio Thomaz Bastos. Este, um dos avalistas da nomeação de Asfor Rocha”.

U – “Asfor Rocha nunca foi unanimidade. E no próprio Supremo, ministros têm conversado, procurando uma forma de ajudar o presidente da República na questão”.

V – “Chegam a sugerir a indicação para a vaga, do advogado e professor Luis Roberto Barroso, talvez isso ajude o presidente Lula”.

X – “Desde que o nome de Asfor Rocha apareceu como “possível” indicado, enfrenta restrições dentro do próprio governo”.

Y – “Certos estão os Ministros do STJ, na defesa velada, mas potente, da sua corte”.

PS – Tudo o que está aqui é textual e transcrito. Fico satisfeito de ler e divulgar uma reportagem como essa. Como iniciei com o nome dos repórteres, termino repetindo: Rodrigo Rangel e Otavio Cabral.

PS2 – Quando nos EUA, nomearam um negro para a Suprema Corte, foram mais de 8 meses de investigação, profunda, desesperadora na tentativa de encontrar alguma coisa. Não encontraram, hoje respeitadíssimo.

PS3 – No caso de Asfor Rocha, é a convicção e a certeza de que não veste o figurino do Supremo. A não ser que pratique o MILAGRE de desmentir tudo o que SE SABE SOBRE ELE.

HÉLIO FERNANDES